Entrevista Major PM Almir de França Ferraz

Josemy Brito Da Silva

Resumo


Entrevista Major PM Almir de França Ferraz

Palavras-chave


PMMT

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Referências


É doutorando em Educação Física pela USJT-SP (bolsista), cuja linha de pesquisa é voltada para prevenção e promoção da saúde, fisiologia do exercício, cinesiologia e escola, atuando no treinamento físico, fisiologia do exercício, cinesiologia, biomecânica. É mestre em Educação Física possuindo especialização em Educação Física Policial Militar; Pós-graduado (lato sensu) em Gestão em Segurança Pública - Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais da PMMT; é bacharel em Segurança Pública; Possui Cursos voltados à saúde e fisiologia do exercício, bem como, cursos Nacionais na área de Segurança e gestão Pública. É professor em Cursos de Graduação e Especialização desde o ano de 2011, integra o corpo docente da IES PMMT, fazendo parte da coordenadoria pedagógica da PMMT; Possui Publicações em revistas. Atualmente é Major da Polícia Militar e exerceu as funções de operacionais e administrativas na PMMT no interior do Estado e Capital. Integra os quadros da Polícia Militar de Mato Grosso desde 27 de outubro de 2003, nos postos de 2° Tenente PM, 1° Tenente PM, Capitão PM e Major PM; tem experiência na área de Educação Física, Defesa e Gestão Pública.

RHM – Inicialmente, perguntamos: O que levou o Senhor a abordar e desenvolver uma pesquisa em âmbito de pós-graduação stricto sensu com o tema: Fatores de risco associados às doenças metabólicas e cardiovasculares em Policiais Militares do Estado de Mato Grosso?

Antes de responder o que me levou a abordar e desenvolver a minha pesquisa de mestrado, retorno à minha trajetória na Polícia Militar, por que existe um contexto até chegarmos à resposta dessa pergunta.

Na minha carreira policial militar sempre fui focado em praticar atividades físicas, por gostar dos treinamentos físicos militares e desenvolver a capacidade física com foco na qualidade de vida dos membros da Segurança Pública, bem como, falar, conversar e discutir acerca dos assuntos que envolvam Educação Física. Com o objetivo de concretizar esse desejo de contribuir na melhora da saúde dos policiais militares é que decidi qualificar-me, logo, cursei, no ano 2011, o Curso de Educação Física Policial Militar na Academia Policial Militar do Guatupê – APMG, na Polícia Militar do Paraná e a Pontifícia Universidade Católica – PUC PR.

E fui designado para o Centro de Formação e Afeiçoamento de Praças – CFAP, que atualmente, é Escola Superior de Formação de Praças da PMMT – ESFAP. E observei que ingressavam policiais militares (Oficiais e Praças) em cursos de formação e aperfeiçoamento que apresentavam limitações físicas decorrentes do sedentarismo, lesões e fatores de risco. E acreditei que o estudo desses fenômenos relacionados à saúde física que ocorrem com policiais militares poderia alcançar respostas com cunho científico, principalmente, com relação ao desenvolvimento dos fatores de risco cardiometabólicos, que é um assunto pouquíssimo abordado em policiais.

E tive uma excelente experiência de ser docente na APMCV, podendo compartilhar momentos de ensino-aprendizagem com os alunos-a-Oficiais PM, mas o que chamou a atenção foi de constatar que alguns dos discentes apresentavam disfunções orgânicas leves durante e após as sessões de treinamento físico, ocorrências de lesões e quadros de desestímulos à prática de atividade física sendo perceptível a possível ocorrência de fatores de risco, em um pequeno grupo de Al Of PM, que por meio das intervenções nas aulas conseguíamos diminuir a ocorrências desses aspectos negativos, conscientizá-los da maneira correta de viver de forma saudável e encaminhá-los caso necessário aos outros profissionais para a continuidade da intervenção.

Os Cursos de Formação de Soldados da PMMT foi uma lição de vida e importante experiência profissional, com trabalhos desenvolvidos em conjunto com outros professores, nossos Comandantes (superiores hierárquicos), funcionários civis, Oficiais e Praças experientes, que trouxemos um paranoma enriquecido, pedagogicamente, para a formação desses profissionais, ao passo que observava os aspectos físicos e psicossomáticos dos Alunos a Soldados PM que possuíam intersecção com os diferentes estilos de vida desse público.

E no Curso de Formação de Sargentos da PMMT foi o fato que mais trouxe o interesse de investigar sobre os fatores de risco e a inatividade física, por que os cursandos apresentavam várias condições de lesões, incapacidades e evidências relacionadas aos fatores de risco culminando no meu interesse de pesquisa nessa temática, que em tese o desenvolvimento de doenças pode incapacitar o policial militar à execução da atividade laboral comprometendo sua avaliação funcional.

Ressaltando também que as experiências de docência em aulas com bombeiros militares e policiais civis que me ajudou a compreender as diferentes dinâmicas de trabalho dos membros da Segurança Publica e estilos de vida que podem impactar positiva ou negativamente nesse público.

Ao concorrer vaga de aluno regular fui aprovado no programa de pós-graduação em Educação Física pela Universidade São Judas-USJT, no ano de 2015, no qual pude discutir esse assunto com meu Orientador Professor PhD Aylton Figueira Júnior e outros professores da Universidade da USJT, USP, UNINOVE e MACKENZIE, que amadureci o meu entendimento sobre o fenômeno e as técnicas científicas em identificar os fatores de risco metabólicos e cardiovasculares em policiais militares da PMMT.

E a intenção quando terminei o curso Educação Física no Paraná era focar centralmente na aptidão física de PMs, no entanto, a minha concepção ampliou e passei a analisar, na Pós-graduação, o estilo de vida e inatividade física de policiais militares associados às condições somáticas/antropométricas, socioambientais, qualidade de vida, nível de atividade física, sono e o desenvolvimento dos fatores de riscos.


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RHM - Homens do Mato - Revista Científica de Pesquisa em Segurança Pública - Mantida pela Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT).